Nos
dias que correm, a partilha de informação e a tecnologia, cria nos professores
uma oportunidade para acompanhar esta tendência com as adaptações necessárias.
Os estímulos presentes no mundo atual levam à necessidade de
criar meios concretos, apelativos e estimulantes que consigam motivar os alunos
no espaço dentro e fora da sala de aula.
Atualmente a informação encontra-se à distância de um clique,
num comando de televisão, tendo acesso ilimitado. Por vezes o clique poderá ser
um pouco mais complexo como no caso das consolas de jogos.
Aceitemos então que o docente é ciente das mudanças tecnológicas
necessárias.
Poderá um docente intervir junto de uma turma de alunos com
um comando de Xbox, Playstation, ou Nintendo?
Poderemos aproximar este “trio” composto por
aluno-professor-tecnologia?
Naturalmente que todo o pedagogo é comunicador e por tal
facto os pedagogos devem integrar as novas tecnologias de informação nas suas
aulas, e na gestão da aprendizagem e a certos níveis na gestão comportamental.
Na procura de uma dinâmica de responsabilização, existem
diversos movimentos metodológicos que apresentam estratégias de resolução desta
problemática: quadros de comportamento com as “temíveis bolinhas” verdes,
amarelas e vermelhas, stickers com smilies sorridentes ou tristes, carimbos com
padrões de cores correspondentes ao comportamento do dia, pré- mios de
incentivo ao bom comportamento, recados consecutivos na caderneta do aluno,
redução dos tempos de intervalo, ausência ou excesso de trabalhos de casa, etc.
A lista de estratégias é infindável, mas todas elas demasiado focadas em três
premissas chave: recompensação, punição extrínseca ao aluno por boa ou má
conduta, o que pode funcionar a curto prazo mas falha no objetivo de
consciencializar os alunos para a regulação do seu próprio comportamento; foco agravado
no comportamento “presente” do aluno, muitas vezes sem considerar a sua
complexidade individual; responsabilização pública do aluno perante os seus
pares - apesar de funcionar a curto prazo, o conceito de “vergonha” nunca
resolveu completamente a conduta de alguém.
A Aplicação “Class Dojo” é uma aplicação que ultrapassa a
sala de aula para alcançar as famílias, potenciando a motivação, a proficiência
e a autogestão de comportamentos. Chamada “Class Dojo” está disponível gratuitamente
para PC, tablet e android. A aplicação é de utilização extremamente
intuitiva: criamos uma turma, colocamos os nomes dos alunos e constituímos um
conjunto de “comportamentos” aos quais atribuímos pontos.
A cada aluno é atribuído um avatar que o representa
virtualmente (um monstrinho, por exemplo), ao qual os pontos são adicionados,
conforme a sua conduta na sala de aula.
No final do dia gera-se, automaticamente, um gráfico
individual para cada aluno, apresentando a sua pontuação.
A cada encarregado de
educação é atribuído um código que dá acesso à informação correspondente ao seu
educando, permitindo, assim, um feedback imediato relativo ao seu comportamento
na escola. Visualiza também um gráfico representativo da situação global da
turma, sem nunca poder aceder aos gráficos dos outros alunos, mantendo, desta
forma, o anonimato e evitando qualquer tipo de sentido de “vergonha pública”.
Aos alunos também é atribuído um código que lhes permite,
entre outras coisas, personalizar o seu avatar e consultar a sua pontuação.
Mantendo o espírito de grupo, entreajuda e cooperação, que
sempre caracterizaram as minhas turmas, criei um “objetivo de pontos” comum a
todos, sempre relacionado com uma tarefa específica que quero ver realizada. O
princípio é simples: se todos os alunos atingirem a barreira de pontos
pré-estabelecida, o grupo é recompensado, nomeadamente pela satisfação de
atingirem uma meta, tal e qual como transpondo um nível num jogo de computador,
onde a única satisfação é, obviamente, ultrapassar os níveis e atingir a fase
final.
De facto, a existência de um objetivo comum contribuiu para
um maior esforço dos alunos em cumprirem as tarefas, em partilharem as
dificuldades e em autorregularem os seus comportamentos.
Parece-me que, apesar de, à primeira vista, o “Class Dojo”
se assemelhar a um sistema de atribuição de pontos, baseado numa
recompensa/penalização extrínseca, na realidade tem sido um sistema de
recompensação intrínseca para os meus alunos, fazendo-me acreditar que a satisfação
pessoal em superar objetivos, em atingir o mérito, é superior a qualquer
“prendinha” que eu ou alguém lhes possa dar, tendo, portanto, um efeito muito
mais duradouro e profundo na formação pessoal de cada um, desde tenra idade.
Estamos Juntos!
Olá João! Só hoje é que consegui ler...embora o nome não me seja estranho...talvez esteja a fazer confusão ou já tenha lido qualquer coisa sobre a aplicação, mas não conheço...parece-me super interessante! Vou ter que explorar... :)
ResponderExcluirContinue com boas partilhas! :)